http://www.youtube.com/watch?v=ySaTt-scIhE
Há cerca de 15 dias, o Ministro de Estado e das Finanças, Vitor Gaspar foi entrevistado na SIC (ver link supra) pelo assertivo jornalista José Gomes Ferreira.
Considerei o desempenho de Vitor Gaspar péssimo, em todos os planos.
Não sou dos que defendem que os Ministros devem ser tecnocratas. Antes pelo contrário, entendo que os Ministros devem ser políticos, e estar sim rodeados de técnicos (vulgo especialistas na verdadeira definição da palavra) nos seus gabinetes.
Para além disto, são evidentes os problemas comunicacionais deste membro do Governo.
Nunca é de mais lembrar a importância da comunicação.
A má FORMA tem a peculiaridade de estragar um bom CONTEÚDO. Um mau CONTEÚDO até pode ser "salvo" por uma boa FORMA mas o inverso não é possível, especialmente em política.
Isto reporta-me para a importância da escolha dos Ministros - em termos gerais -, tão decisiva para a consistência e durabilidade de um Governo.
Maquiavel escreveu que "não é fácil a um Príncipe saber escolher os seus Ministros, os quais são bons ou maus segundo a sabedoria do Príncipe.
A primeira conjectura que se faz acerca de um Príncipe e da sua mentalidade baseia-se nos homens que o rodeiam. Se são suficientes e fiéis, podemos sempre considerá-lo sensato, porque os soube achar suficientes e manter fiéis. Mas, quando assim não sucede, podemos admitir a possibilidade de um descernimento funesto, porque o seu primeiro erro consiste nessa própria escolha. (...)
Havendo cérebros de três espécies, os que compreendem as coisas por si próprios, os que as compreendem quando lhas ensinam e os que nem por si mesmos nem por ensinamento doutrem compreendem nada, a primeira espécie será muito excelente, a segunda excelente e a terceira inútil. (...)
Sempre que um homem possui discernimento suficiente para identificar o bem ou o mal que outro faz e diz, embora, por si mesmo, não saiba inventar as coisas, sabe quais são as obras boas e as obras más do seu Ministro, corrige umas e recompensa outras. E o Ministro compreende que não o pode enganar e segue pelo bom caminho. (...)
QUANDO VIRES UM MINISTRO PENSAR MAIS NELE DO QUE EM TI E ATENTAR NO SEU PROVEITO EM TUDO QUANTO FIZER, TAL MINISTRO NÃO VALE NADA E NÃO TE DEVES FIAR NELE, POIS AQUELE QUE GOVERNA E TEM NAS MÃOS TODO O ESTADO DE UM PRÍNCIPE NUNCA DEVE PENSAR EM SI. (...)
O Príncipe, para manter o seu Ministro neste bom caminho, deve pensar nele, dar-lhe honras, torná-lo grato e devedor, de tal modo que o Ministro não possa passar sem ele e que as grandes honras que lhe der não lhe agucem o desejo de outras maiores e os elevados cargos que desempenhar LHE FAÇAM TEMER AS MUDANÇAS E NOVIDADES.
Quando os Ministros, e os Príncipes em relação aos Ministros, são desta sorte, podem-se sempre fiar um no outro; caso contrário, o fim será sempre prejudicial a um ou a outro."
Cumprimentos,
Hugo Baião.
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