Ouço bastantes vezes o chavão: "O Estado só deve intervir e interferir quando a sociedade por si só não conseguir resolver os problemas e não for capaz de responder aos desafios e desequilibrios gerados".
É esta habitualmente a posição apresentada e defendida pelos liberais, com a qual eu concordo (POR PRINCIPIO).
Só que, na verdade, a questão que se põe na vida real e concreta dos cidadãos, não é bem assim. É, na maioria das vezes, deturpada, pelo menos e certamente de forma mais acentuada, em Portugal.
E, digo eu, que não é assim, porque há aproveitamentos e abusos sobre aquele que é um bom principio, originariamente.
E tem apenas e só a ver com dois conceitos: coerência e reciprocidade.
Porque, quem habitualmente ouvimos discorrer e renegar o Estado para um papel diminuto é quem vem no pelotão da frente a exigir que o Estado assuma os prejuízos e ignore os "ganhos". Que salte em auxilio em momento de aperto porque ele só serve para tapar buracos e que se deixe estar no seu lugar remoto, porque é aí que ele pertence, quando os ventos e as marés individuais correm de feição.
O que à vista desarmada, é evidentemente injusto, incoerente e desprovido da regra da reciprocidade.
O Estado deve ser regulador por excelência, servir as pessoas e não o contrário, mas não devemos esquecer que o Estado somos todos, tal como a sociedade.
Se queremos um Estado regulador temos que ter um Estado responsabilizador.
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