Mal tive conhecimento da notícia que dava conta da detenção de Isaltino Morais vieram-me instantaneamente três pensamentos à cabeça.
1º, o já habitual "rouba mas faz" iria graciosamente voltar às bocas do povo, entupindo fóruns de debate e discussão públicos. Por razões óbvias, de educação e formação, nunca me poderei associar a esse tipo de argumento superficial e ligeiro que trata a conduta ético-moral do titular de cargo político como uma questão de somenos importância.
2º, o papel de vitimização tornava-se um caminho fácil e apetecivel que, dado a proximidade de eleições autárquicas, podia ser repescado pelos apoiantes do Dr. Isaltino Morais, para engendrar uma teoria da conspiração (a ver vamos).
3º, à política o que é da política, à justiça o que é da justiça. Qualquer cidadão ou organização de bem, num Estado de Direito, deve reconhecer o principio da separação de poderes e respeitar e confiar nas decisões soberanas dos Tribunais, acatando as consequências inerentes.
Quanto às reacções já conhecidas, o PSD Oeiras, emitindo um comunicado sustentado, manteve a meu ver uma postura institucional coerente, demarcando-se do ocorrido sem faltar às responsabilidades superiores que o liga aos municipes. Irá, perante esta situação excepcional, manter os Vereadores em exercicio, prescindindo no entanto dos pelouros até agora assumidos.
A mim pessoalmente é-me muito dificil entender uma legislação que permite que um Presidente de Câmara continue a exercer tarefas de gestão em situação de reclusão mas, face ao quadro existente, esta foi a postura apropriada, dando o PSD um claro sinal - e agindo em conformidade - de que não se encontram reunidas as condições necessárias ao regular funcionamento do Órgão executivo mas que em 1º lugar estão os Oeirenses.
. TAP privatizada ou assim-...
. Os pormenores (estúpidos)...
. A evolução que não atrope...
. Como o "Harlem" agitou ("...
. O Estado Regulador/ O Est...