Como neste momento estou em Valência , hoje, num jornal regional, li uma noticia sobre o caso turco e a sua interligação com a União Europeia. O primeiro-ministro turco esteve ontem na capital espanhola, onde se encontrou com o homólogo castelhano, José Luis Zapatero. Actualmente quem detém a presidência rotativa da União Europeia é Espanha e, portanto, como não poderia deixar de ser, esta visita do chefe de governo turco foi aproveitada e centrada no pedido de adesão deste país à União, cuja origem remonta aos anos 60 do século passado. Recep Tayyp Erdogan, islamico moderado, reiterou que a Turquia tem o direito de aderir à UE e acusou-a (deliberada, implicita e principalmente os estados europeus que "mandam na UE", França e Alemanha) de criar tácticas retardantes para a impedir de ingressar na mesma. O PM turco defendeu que a "vantagem comparativa" do país Otomano é a de poder desempenhar um papel de mediação perante o mundo Árabe. Pois eu pessoalmente considero que é mesmo neste elemento (ou no que a ele está subjacente) que residem os fulcrais "contras" e inconvenientes apresentados por parte da UE. É o facto de a Turquia estar tão próxima da órbita muçulmana, não só a nível geográfico, como no plano cultural, religioso e social. Como sabem existem restrições relativamente rígidas para um estado passar a integrar a UE. A nível político, o sistema vigente tem que ser democrático e pluralista. Ora desde 1923, depois do término do Imperio Otomano, que a Turquia é uma república democrática e constitucional. Portugal é um estado de direito democrático, oficilamente, desde a constituição de 1976 e aderiu à CEE dez anos depois. Logo por esta via não se pode recusar a adesão da Turquia. O respeito pelos direitos humanos é outra das condições, mas aqui tudo se começa a tornar mais nubloso, dado o seu carácter de subjectividade. Há mais, mas, ultrapassadas as questões formais inerentes a todo o processo, penso que o que mais "mete medo" às potências Europeias, e que não pode ser de todo invocado, é a entrada no mercado europeu dos bens e serviços provenientes da economia turca, com menores custos de produção e preços bastante mais competitivos. Como sempre, a economia e o capital falam mais alto e ditam a orientação das posições assumidas. A livre circulação de pessoas e o aumento do risco de terrorismo também pode existir mas essa não é a maior preocupação. Os gigantes europeus estão é preocupados se os produtos turcos invadirão os seus territórios e se destruirão os grupos empresariais que vivem na base da aniquilação da concorrência. É claro que a necessidade de maior gestão e atribuição mais repartida dos fundos comunitários também assustam muitos, neste ponto principalmente os estados mais pequenos e dependentes como Portugal e Grécia. Muito mais pode ser dito sobre este assunto, mas creio que importa reflectir sobre a verdadeira vocação da União Europeia e sobre o Federalismo a que inspiramos. Será realmente possível conciliar interesses e falar a uma só voz? Estaremos mesmo dispostos a, cada vez mais, abdicar de soberania e a ceder competências para aprofundarmos esta União? O tempo o dirá....
Olá a todos e a todas.
Estas são as primeiras palavras do novo blog de opinião e expressão independente, sincera, democrática, plural, livre, crítica e construtiva.
Aqui serão discutidos, referidos e abordados temas de índole política, económica, social, financeira, cultural, moral, religiosa, que estejam na ordem do dia, e portanto de enfoque público, ou que, simplesmente, sejam de pertinência e relevância pessoal, entendidos como úteis de partilhar com os demais, com os prezados leitores.
Vou, daqui em diante, esforçar-me por utilizar este instrumento disponibilizado pela tecnologia moderna, para contribuir (por pouco que possa vir a representar esta actividade) para uma sociedade mais atenta e alerta, mais questionada e reinventada, mais interventiva e activa.
Espero demonstrar lealmente os meus pensamentos, não agradar a todos, suscitar interesse, vontade de corrigir o que está mal e louvar as boas (mas comprovadas e verificadas) intenções.
Anseio pelo cooperação e colaboração de todos aqueles que para tal estejam dispostos.
Juntos iremos aprender e, assim, evoluir enquanto pessoas e cidadãos.
Cumprimentos.
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