Quarta-feira, 27 de Fevereiro de 2013

Como o "Harlem" agitou ("Shaked") a Política

Nada é por acaso. Quem se convence do contrário, geralmente acaba por esbarrar na realidade.

 

E não foi de todo por acaso que a campanha de Moita Flores foi pioneira a transpor o video sensação e viral da internet e das redes sociais "Harlem Shake" para o mundo da política.

 

A candidatura de Francisco Moita Flores foi a primeira estrutura deste âmbito a realizar um video estilo "Harlem Shake" em plena sede de campanha para as eleições autárquicas de 2013.

 

E isto acarreta uma carga simbólica assinalável, transmite algo de diferente, de novo, de melhor, não deve ser minimizado nem muito menos menosprezado.  

 

A política não pode ser estática, tem que ser dinâmica, adaptar-se, moldar-se, acompanhar as tendências e estar atenta à essência das pessoas, não só num plano material e de substância, como são as tão essenciais preocupações com o nível e qualidade de vida dos cidadãos, mas também num plano espiritual, atendendo aos gostos e interesses lúdicos das mesmas.

 

E o projecto "Uma Nova Ambição" demonstrou claramente estar a fazer política, de forma original, inovadora e próxima das pessoas. 

 

Quer agregar, envolver, motivar, não utilizar os "velhos métodos" que tanto contribuiram para o aumento da desconfiança e descredibilização, para o afastamento das pessoas em relação à política (até agora por vezes entediante aos olhos dos mais jovens).

 

O PSD Oeiras demarca-se assim dos outros partidos e movimentos, monstrando estar na vanguarda e ser uma lufada de ar fresco na comunicação e interacção com os munícipes. 

 

E a realidade é que novas ambições não se concretizam sem novas abordagens. 

 

http://www.youtube.com/watch?v=zgTWTbCTdo0

 

Hugo Baião. 

 

 

publicado por polideias às 19:22
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Sexta-feira, 22 de Fevereiro de 2013

O Estado Regulador/ O Estado Interventor

Ouço bastantes vezes o chavão: "O Estado só deve intervir e interferir quando a sociedade por si só não conseguir resolver os problemas e não for capaz de responder aos desafios e desequilibrios gerados".

 

É esta habitualmente a posição apresentada e defendida pelos liberais, com a qual eu concordo (POR PRINCIPIO). 

 

Só que, na verdade, a questão que se põe na vida real e concreta dos cidadãos, não é bem assim. É, na maioria das vezes, deturpada, pelo menos e certamente de forma mais acentuada, em Portugal. 

 

E, digo eu, que não é assim, porque há aproveitamentos e abusos sobre aquele que é um bom principio, originariamente.

 

E tem apenas e só a ver com dois conceitos: coerência e reciprocidade.

 

Porque, quem habitualmente ouvimos discorrer e renegar o Estado para um papel diminuto é quem vem no pelotão da frente a exigir que o Estado assuma os prejuízos e ignore os "ganhos". Que salte em auxilio em momento de aperto porque ele só serve para tapar buracos e que se deixe estar no seu lugar remoto, porque é aí que ele pertence, quando os ventos e as marés individuais correm de feição. 

 

O que à vista desarmada, é evidentemente injusto, incoerente e desprovido da regra da reciprocidade. 

 

O Estado deve ser regulador por excelência, servir as pessoas e não o contrário, mas não devemos esquecer que o Estado somos todos, tal como a sociedade. 

 

Se queremos um Estado regulador temos que ter um Estado responsabilizador. 

 

Caso contrário, existem os BPN's...

 

 

 

 

publicado por polideias às 17:18
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Quarta-feira, 20 de Fevereiro de 2013

PS e a Esquerda

 

Há alguns anos que reflito sobre se existirá ou não "espaço" para a existência de um Partido que permita ao PS formar um governo de maioria, um puro parceiro de coligação, tal como o CDS já foi no passado recente e é actualmente para o PSD.

 

Continuo a achar o mesmo que quando comecei a pensar no assunto. Na minha opinião, há espaço político e eleitoral - talvez não ideológico - para o surgimento desse Partido, que pode equilibrar a balança de Poder na Esquerda portuguesa e que é principalmente do interesse do Partido Socialista.  

 

Os Partidos que temos no espectro político nacional, que contam para o sistema de partidos e que se podem enquadrar na designada Esquerda (PCP, Partido Ecologista os Verdes e Bloco de Esquerda) não têm servido nem servirão - pelo menos num futuro próximo - sequer para fazer alianças pontuais parlamentares com o maior partido da oposição, quanto mais para integrar um executivo com este.

 

 O Partido Comunista tal como existe e foi concebido não é susceptivel à mudança e acaba por não renovar eleitorado, mantendo permanentemente um discurso que se auto exclui da governação, defendendo ideias e políticas em que muitas pessoas se revêem mas que acabam por não subscrever nas urnas sobretudo pela excessiva inflexibilidade e obsoletismo conceptual.

O BE, com uma queda substancial e progressiva dos resultados no(s) último(s) momento(s) eleitoral(ais), com a criação deste novo Partido, provavelmente acabaria por desaparecer. Continua a ser um partido de causas-bandeira, que se bate por questões polémicas momentaneas e radicais que tentam capitalizar cidadãos revoltados (essencialmente jovens) com o paradigma instalado e que não consegue descolar da imagem da "esquerda-caviar" que não é coerente no pensamento e na acção e que se revela desonesto intelectualmente.

 

Com a repartição de votos à direita, entre o PSD e o CDS, mais racionais, pragmáticos e menos milagreiros, o PS dificilmente irá conseguir (é certo, dependendo também da liderança) sozinho uma maioria absoluta.

 

Com a acentuada onda anti-partidos, a enorme perda de rendimentos e direitos sociais das pessoas, o sentimento de que na classe política "são todos iguais", e o passado ainda fresco na memória do legado socialista, um Partido com uma presença vincada de personalidades genuinamente de esquerda vindas de todos os sectores da sociedade civil iria trazer riqueza ao debate político, mais soluções, um governo que não caisse tão facilmente pelo insuficiente apoio popular e que acabaria por dar origem a um novo eleitorado que não se identifica com nenhum dos partidos sentados à esquerda no Parlamento português.

 

Se nas eleições Presidenciais houve um candidato apoiado pelo PS e um ex-dirigente histórico do PS a concorrer em simultâneo, porque não ousar entrar por terreno "legislativo" ainda não explorado?

 

 

 

 

 

publicado por polideias às 17:37
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